Em primeiríssimo lugar, quero reforçar que não acredito em fórmula pronta, tipo receita de bolo, para se seguir passo a passo em direção a felicidade na vida amorosa.
Aliás, se tratando de Seres Vivos, com identidades próprias, histórias, experiências, anseios e sonhos particulares, para cada encontro e cada situação, organicamente a harmonia se estabelece de forma única.
O que percebo, é que existem leis universais que regem a vida e a harmonia nas interações humanas. E princípios básicos que permitem o crescimento, desenvolvimento e amadurecimento fluido nos vínculos afetivos.
Venho aqui com humildade e respeito, compartilhar um pouco e de forma sintetizada, meu olhar para essas questões referentes a esta Arte, que é se Relacionar.
Acredito que o êxito na vida a dois começa pelo equilíbrio no fluxo do Dar e Receber.
Se potencializa pela disponibilidade e presença na relação.
Presença que se estabelece a partir de um sentido interno de si mesmo e de seus limites. De uma dinâmica de autoconhecimento, autovalorização e amor-próprio.
De encontrar maneiras de ultrapassar o desafio de se abrir e entrar em intimidade.
Ser menos reativo, e mais ativo.
Ser menos defensivo e mais vulnerável.
Permitir entrar em contato, criar vínculo, expressar sua verdade, confessar suas necessidades.
Se aprofundar no sentir, e mergulhar nas delicadezas com cuidado, zelo e gentileza para consigo e com o outro.
Se relacionar além das periferias, do contato pelas fortes emoções e grandes excitações proporcionadas na superficialidade do encontro, que em contrapartida resulta em pouca completude e insatisfação interior.
Abandonar as máscaras e papéis.
Ser autêntico e espontâneo.
Descobrir os recursos internos para desabrochar e fortalecer a confiança e entrega para algo orgânico, dinâmico, vivo, imprevisível e em movimento constante, que é se relacionar.
Exercitar a comunicação consciente, saber expressar a verdade e se dispor a escutar o outro além das raivas, medos e projeções.
Ser honesto SEMPRE.
Verdade SEMPRE.
Trazer o foco para si e a auto responsabilidade (em vez de jogar a culpa no parceiro).
Expressar seus medos e vergonhas, sem expectativa ou desejo que o outro mude.
Identificar os seus padrões e tentar se melhorar.
Aceitar as diferenças, acolher outros pontos de vista, respeitar as vezes momentos distintos de amadurecimento em áreas específicas da vida.
Aceitar seu parceiro(a) integralmente com todos seus bloqueios, traumas e defesas.
Tratando-se de integridade interior, saber colocar limites e dizer “Não” quando algo ultrapassa suas fronteiras. Respeitar a si mesmo, e ir além do medos da punição, rejeição, de ficar sozinho, de magoar por colocar limites. Priorizar não trair a si mesmo e nem o seu corpo. Te respeitar em primeiro lugar.
Permitir se relacionar com maturidade, além dos jogos de poder e situações agressivas e abusivas.
Transcender as ilusões, exigências e expectativas um do outro.
Parar de querer mudar ou influenciar o outro a fazer o que você gostaria que ele fizesse.
Reconhecer que o Amor é como uma flor, que precisa de cuidado, zelo, nutrição e ambiente propício para florescer e despertar seu perfume e beleza.
Priorizar dia a dia formas nutridoras de fortalecer os vínculos dessa união e se redescobrir a cada momento nessa relação.
Larissa Helena